Investigação aponta contradições nos depoimentos e revela que dupla também participou da queima e ocultação do corpo da jovem.
Segunda-feira, (08) de dezembro de 2025
Dois homens foram presos pelo assassinato de Emilly Yassmyn Silva Oliveira, de 24 anos, encontrada morta no sábado (6) em uma área de mata na Estrada da Alegria, Zona Sul de Teresina. Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), eles participaram da morte e da ocultação do corpo da jovem, que morava em Petrolina (PE) e estava desaparecida desde 30 de novembro.
Hilton Candeira Carvalho foi o primeiro a ser detido. Ele confessou o crime, descreveu como matou Emilly após uma discussão e apontou o local onde deixou o corpo, que já estava queimado e reduzido à ossada. Após o depoimento, Hilton afirmou que contou com a ajuda de um segundo homem, Carlos Roberto da Silva Sousa. Com essa informação, a equipe do DHPP localizou Carlos e o conduziu à delegacia.
O que cada um fez, segundo a investigação
O delegado Jorge Terceiro, do DHPP, explicou que há contradições entre os relatos dos suspeitos. Hilton disse que Carlos apenas ajudou na ocultação do corpo. No entanto, o motorista de aplicativo que levou Emilly ao encontro afirmou que deixou a jovem na casa de Carlos Roberto, e não na de Hilton.
“Ele [Hilton] disse que o segundo indivíduo [Carlos] só auxiliou na ocultação do corpo. Mas o motorista que a moça contratou para levar ela até o local lá disse que deixou ela na casa do segundo, que disse que só auxiliou a ocultar o corpo, que foi quem comprou o combustível [para queimar o corpo], informou o delegado.
Ainda segundo a polícia, Hilton relatou que Carlos Roberto foi a pessoa que jogou o combustível sobre o corpo e ateou fogo. Por isso, a participação de Carlos no crime pode ser maior do que ele declarou.
Como foi o crime
A Polícia Civil já havia informado que Emilly saiu com Hilton para um programa. O valor combinado era de R$ 1.500, mas ele pagou apenas R$ 300. Após o encontro, os dois discutiram. Hilton afirmou que atacou a jovem, a imobilizou com um “mata-leão” e depois a asfixiou com um fio de internet.
Depois do assassinato, ele levou o corpo para a área de mata e ateou fogo com a ajuda de Carlos Roberto, segundo seu próprio depoimento.
Prisão e andamento do caso
Os flagrantes de Hilton e Carlos Roberto foram homologados pelo Núcleo de Plantão Judiciário no fim de semana. Agora, os dois seguem presos preventivamente.
A investigação continua para colher os elementos que ainda faltam e concluir o inquérito, que será enviado ao Judiciário. Após receber o material, o Ministério Público do Estado do Piauí decidirá quais crimes serão atribuídos a cada um. O promotor de Justiça apresentará a denúncia de acordo com o entendimento dele.
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