Caso aconteceu na segunda (1º), em Olinda. Câmera de segurança registrou momento em que Ronald Montenegro é atingido.
Sexta-feira, (05) de dezembro de 2025
Ronald José Salvador Montenegro, de 55 anos, foi identificado como o homem que morreu ao ser atingido por uma barra de ferro enquanto fazia supino em uma academia de Olinda, em Pernambuco. Ele tinha dois filhos, era apaixonado por carnaval e praticava musculação há mais de três décadas, segundo a família.
O acidente aconteceu na segunda-feira (1º), na RW Academia, no bairro de Jardim Atlântico, e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram Ronald executando o supino reto com barra livre quando o equipamento escapa das mãos e atinge seu tórax.
Ele ainda tenta se levantar após o impacto do supino, mas cai no chão em seguida. A academia informou que prestou socorro imediato. A Polícia Civil registrou o caso como “morte acidental” e o laudo oficial ainda não foi concluído.
Além de ser um frequentador assíduo de academias, Ronald era figura conhecida no carnaval de Olinda. Ele presidia o Centro Cultural Palácio dos Bonecos Gigantes, no Carmo, responsável por preservar e promover uma das tradições mais icônicas da cidade.
Em nota, o centro cultural definiu o homem que morreu em academia como “um criador, um defensor apaixonado pela cultura popular e um dos grandes responsáveis por manter viva a tradição dos bonecos gigantes que encantam Olinda e o mundo”. A agremiação O Homem da Meia-Noite também lamentou a morte e destacou sua “paixão pelo frevo, pelos nossos símbolos e pelas tradições que guardamos com tanto carinho”.
A ex-cunhada, Albanita Costa, disse à imprensa que ele transformava qualquer data comemorativa em festa. “Ele arrumava a casa de bandeirinha, com guarda-chuva de frevo na porta. Agora mesmo no Natal, a casa toda cheia de pisca-pisca. Se fosse São João, tinha que ter bolo com fogueira, tinha que ter a tradição da fogueira, ele ia acender a fogueira, pegar os nossos sobrinhos e ir lá fazer queimada de fogos”, contou.
Outra ex-cunhada, Tatiane Costa, afirmou que Ronald nunca havia sofrido acidentes durante os mais de 30 anos de prática esportiva. “Já malhou muito tempo, nunca teve nenhum acidente. […] Dizem que ele estava havia mais de dez anos nessa academia (onde morreu)”, disse.
O homem que morreu em academia após ser atingido pelo supino era profissional autônomo do setor de logística e morava perto da academia. Ele deixa dois filhos: Milena, de 25 anos, e Ronald, de 18.
O que a academia disse
A RW Academia afirmou que o ocorrido foi uma “fatalidade que deixou a todos nós muito abalados” e manifestou solidariedade à família. Em resposta aos questionamentos sobre a estrutura do local e o acompanhamento durante o exercício, e o estabelecimento disse que a equipe prestou atendimento imediato e chamou socorro especializado.
Ainda conforme a academia, a unidade é registrada no Conselho Regional de Educação Física, afirmou que todos os funcionários passam por treinamentos periódicos de primeiros socorros e garantiu que há profissionais formados em todos os horários.
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