Soldado é acusado de matar a gerente de um mercado. Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo, nesta quarta-feira (27), da 'Operação Sangue Frio', realizada pelo Ministério Público (MP-BA) e Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Quarta-feira, 27 de março de 2024
PM suspeito e gerente de mercado morta — Foto: Reprodução/Redes Sociais |
O caso aconteceu em junho de 2022 e ele foi preso há quatro meses, em uma operação que investigou a participação de PMs em milícias na região de Santo Estevão, também no interior da Bahia. Segundo a Polícia Militar, uma operação para prender o soldado, que é suspeito de cometer dois homicídios na região de Feira de Santana, está em curso.
Saiba como aconteceu a fuga:
- Durante a revista das celas, o soldado e outros custodiados foram transferidos para uma quadra/solário da unidade;
- Informações preliminares passadas pela PM indicam que o fugitivo se feriu ao pular do muro.
Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo, nesta quarta-feira, da "Operação Sangue Frio", realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA). Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal de Santo Amaro. O número não foi detalhado.
Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo, nesta quarta-feira (27), da 'Operação Sangue Frio' — Foto: Redes sociais |
Segundo a denúncia oferecida pelo MP, recebida pela Justiça na terça-feira (26), o policial executou a vítima sem oferecer qualquer chance de defesa. Ainda não se sabe o que motivou crime.
Conforme informou o órgão, imagens registradas por câmeras de segurança da rua onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado matou a vítima, que estava rendida, de costas para ele.
De acordo com laudos policiais, Juliana de Jesus Ribeiro foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, rosto, tórax, abdômen e braços.
Foram realizadas buscas na cela do Batalhão de Choque, onde o policial já estava preso desde a deflagração da "Operação Salobro". O MP-BA informou ainda que provas do inquérito policial mostram que o policial planejou, premeditou e executou o crime.
Veja abaixo o que aconteceu:
- Trezes dias antes do assassinato, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, realizando o mesmo percurso e as mesmas ações que foram executadas na data do homicídio;
- Por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles;
- O soldado também alterou as placas do veículo usado no crime para dificultar a investigação.
Na decisão que determinou a prisão preventiva do suspeito, a Justiça considerou haver fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima".
Um mês depois após o assassinato de Juliana de Jesus, um homem incendiou o mercado que ela trabalhava. O momento do crime foi flagrado por câmeras de segurança da rua. A polícia não detalhou se os casos são relacionados e nem se o PM tem participação no incêndio.
O outro homicídio em que o soldado é investigado não foi detalhado pela PM.
Operação foi realizada nesta quarta-feira (27/03) — Foto: Divulgação/MP-BA |
Do G1