Domingo, 29 de maio de 2016
Milhares de mulheres realizam, neste domingo (29), a Marcha das Flores - 30 Contra Todas", em Brasília. O ato é uma manifestação contra os recentes casos de estupros coletivos no país e também contesta o golpe contra a democracia brasileira. Segundo a Polícia Militar, cerca de 1,5 mil pessoas estiveram reunidas para o ato.
Houve protestos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o presidente interino, Michel Temer (PMDB).
O grupo segurava faixas com as mensagens "Nada justifica o estupro" e "A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada". Ao fim do protesto, houve gritos de "Fora, Temer", e "Fora, Gilmar, defensor de estuprador" –em alusão a um habeas corpus concedido pelo ministro do STF Gilmar Mendes ao médico Roger Abdelmassih, acusado de estupro de pacientes em sua clínica de fertilização in vitro.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) também foram alvos de gritos de protestos.
As manifestantes depositaram flores que carregavam na estátua da justiça e ocuparam a frente do STF. Uma frase foi pichada em frente ao prédio do Supremo: "contra o estupro da democracia". O ato foi organizado pela internet.
Crianças, jovens, adultos e idosos, na maioria mulheres, desceram a Esplanada dos Ministérios. Carregando flores e vestidos de cores claras, cantavam palavras de ordem como "Não tem justificativa", "Abaixo a cultura do estupro" e, ainda, "Ô seu machista, você vai ver, a mulherada não tem medo de você". Quando chegaram na altura do STF, os manifestantes fizeram uma contagem regressiva a partir do número 30, relacionado ao estupro da jovem, e jogaram flores na direção do edifício.
Por Zé Carlos Borges
Por Zé Carlos Borges
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Justo o direito de manifestar, mas, acho desnecessário pichar o edifício público, patrimônio histórico, assim a manifestação passa a ser vandalismo, alem do nosso dinheiro ser gasto na revitalização do dano causado.
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