Deputado federal também teve casa de luxo e posto de combustíveis revistados pela Polícia Federal na Bahia. Ele tem mais de R$ 7 milhões em bens declarados.
Terça-feira, (14) de outubro de 2025
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Dal Barreto (União) é deputado federal pela Bahia — Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados |
O objetivo da Operação Overclean é desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Adalberto Rosa Barreto, conhecido como Dal Barreto, nasceu na cidade de Amargosa, no Vale do Jequiriçá, é casado e tem 46 anos.
O deputado é aliado do grupo do ex-prefeito ACM Neto, um dos principais líderes da federação União-Progressista no estado. O deputado, inclusive, votou pela retirada de pauta da medida provisória (MP) alternativa à alta do IOF, ajudando a proposta a perder a validade sem ter seu mérito votado.
Por conta da posição na MP e da operação da PF, fontes do Palácio do Planalto já dão como certo que o parlamentar do União Brasil deve perder os cargos que possui nos Correios. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou cerca de R$ 7,3 milhões em bens -terrenos, helicóptero, prédios comerciais, empresas e fazendas.
Na trajetória política, ele se candidatou a prefeito de Amargosa pelo Democratas em 2008, mas não foi eleito. Em 2018, se candidatou a deputado estadual da Bahia e foi eleito. Em 2022, se candidatou a deputado federal pelo partido União e também foi eleito.
Recentemente, o deputado votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, que ficou conhecida como PEC da Blindagem, e da urgência para o Projeto de Lei (PL) 2162/2023, que dá anistia a condenados por atos golpistas.
Apreensões
A casa de luxo e o posto de combustíveis que foram revistados pela Polícia Federal na terça-feira ficam na cidade de Amargosa. Além de documentos encontrados nos endereços, os agentes levaram carros de luxo que estavam na residência.
A PF não divulgou quais são as suspeitas contra o político, porém, a equipe de reportagem apurou que se trata de um suposto envolvimento com um dos alvos anteriores da operação.
Em entrevista, Dal negou qualquer envolvimento com a investigação. "As provas vão chegar no momento certo e as pessoas vão entender. Tudo vai ser conduzido pela Justiça, a gente vai aguardar que a Justiça esclareça sempre", disse.
Quanto à abordagem da PF no Aeroporto de Salvador, Dal relatou que os agentes não pediram ou repassaram mais informações. "Não falei nada. Não me perguntaram nada. Me pediram o celular e eu entreguei", disse.
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