NOVA HIDROVIA DO RIO SÃO FRANCISCO VAI MOVIMENTAR 5 MILHÕES DE TONELADAS DE CARGAS JÁ NO PRIMEIRO ANO DE OPERAÇÃO

Estimativa é de que volume seja alcançado já no primeiro ano de funcionamento; projeto vai garantir o transporte de cargas do Nordeste ao Centro-Sul do País
Sábado, (30) de agosto de 2025
O projeto para reativação da Hidrovia do Rio São Francisco, em execução pela Autoridade Portuária da Bahia - CODEBA, foi apresentado nesta sexta-feira (29), no INDEX Bahia 2025, no Centro de Convenções de Salvador. A estimativa é movimentar até R$ 5 milhões de cargas já no primeiro ano de operações. O evento, que tem como objetivo discutir inovação e tendências para o setor industrial, reuniu empresários, representações políticas e expositores.

A Hidrovia do Rio São Francisco é a maior em extensão territorial contínua sob controle de uma Autoridade Portuária em todo o continente. "Essa hidrovia vai gerar uma revolução na logística de cargas. Apresentamos aqui as novas expectativas de demanda que não estavam em nenhuma das curvas de demanda, até o ano passado. Inclusive, estamos trabalhando com a possibilidade de implantação de uma teia ferroviária para Aratu", detalhou o presidente da Autoridade Portuária da Bahia, Antonio Gobbo.

As etapas para a reativação e como a integração entre diferentes meios de transporte vão impulsionar as operações portuárias do estado, foram detalhadas durante a apresentação. O projeto da nova Hidrovia do São Francisco envolve a integração e entre rodovia, ferrovia e portos, com a requalificação do trecho da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), ligando os trechos de Juazeiro ao Porto de Aratu; conexão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em Bom Jesus da Lapa (Cariacá), através do Rodo Ferroviário da ponte ferroviária sobre o Rio São Francisco; com conexão da malha FIOL à FCA, promovendo ligação direta entre Jequié e o Porto de Aratu.

Nova Hidrovia do Rio São Francisco 
O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (13) a Nova Hidrovia do Rio São Francisco. Com 1.371 quilômetros de extensão navegáveis – de Pirapora, Minas Gerais (MG), a Juazeiro, Bahia (BA), e Petrolina, Pernambuco (PE) –, a hidrovia vai permitir o transporte de cargas do Centro-Sul ao Nordeste do país, de forma mais econômica e sustentável.

A projeção é de que, já no primeiro ano da retomada da navegação comercial, a movimentação de cargas pelo Rio São Francisco alcance 5 milhões de toneladas. O projeto também prevê integração com outros modais, como ferrovias e rodovias.

“Essa é uma pauta muito importante para o desenvolvimento do Nordeste, será muito estratégico para o desenvolvimento de toda a região. Em junho vamos assinar a delegação à Companhia das Docas do Estado da Bahia e iniciaremos os estudos técnicos ao lado da Infra SA", detalhou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante a cerimônia, em Petrolina, ao informar sobre a descentralização da hidrovia para a Codeba.

“A Nova Hidrovia do São Francisco representa mais um avanço para a logística nacional, integrando regiões e promovendo um transporte mais limpo, eficiente e competitivo”, destacou o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Dino Antunes. Entre as cargas previstas, estão insumos agrícolas, gesso, gipsita, calcário, grãos, bebidas, minério e sal.

Desenvolvimento regional
A Nova Hidrovia do São Francisco é um dos projetos logísticos mais importantes para o escoamento de cargas e o desenvolvimento regional do país. O Velho Chico nasce na Serra da Canastra, no Cerrado mineiro, e sobe em direção à Região Nordeste. Nesse percurso ascendente, passa pelo Distrito Federal, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. São 505 municípios e mais 11,4 milhões de pessoas que, de alguma forma, se relacionam com um dos principais rios brasileiros.

Para garantir a execução de um projeto dessa magnitude, a iniciativa foi dividida em três etapas. Na primeira, as intervenções se concentrarão em um trecho de 604 quilômetros navegáveis, de Juazeiro e Petrolina, passando por Sobradinho (BA) e chegando em Ibotirama (BA). As cargas serão escoadas por rodovias até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos os Santos (BA).

A segunda etapa abrangerá o trecho entre Ibotirama e Bom Jesus da Lapa e Cariacá – municípios baianos – com 172 quilômetros navegáveis. Nesse trecho, haverá conexão, via malha ferroviária, até os Portos de Ilhéus (BA) e Aratu-Candeias. Já a terceira etapa aumentará a hidrovia em 670 quilômetros e ligará Bom Jesus da Lapa e Cariacá a Pirapora.


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