Por ser carnívoro, o pirarucu se alimenta de outros peixes, crustáceos e pequenos animais aquáticos, além de ter comportamento agressivo. O conjunto gera desvantagem entre as espécies, conforme especialistas.
Quinta-feira, (24) de abril de 2025
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| Peixe gigante foi pescado no Rio São Francisco — Foto: Redes sociais |
Natural da Amazônia, o pirarucu é carnívoro e tem comportamento agressivo, o que gera desvantagem entre as espécies. Segundo o especialista, as principais presas são outros peixes, crustáceos e pequenos animais aquáticos.
Ainda se sabe como o pirarucu com mais de dois metros de comprimento chegou ao estado, mas Francisco Kelmo ressaltou que o peixe costuma ser criado fora do habitat natural, e que pode ter escapado de um desses criadouros.
"Em período de cheia, pode haver rompimento destes criadouros ou tanques, permitindo a fuga dos peixes, que passam a viver livremente nas águas do rio, readaptando-se à vida livre", explicou.
O professor defende a criação do pirarucu como uma forma de conservação da espécie, que é ameaçada pela sobre pesca e pela destruição ambiental. No entanto, destaca a necessidade de seguir o processo legal, que inclui o licenciamento ambiental, além de criar formas de evitar fugas.
"A criação de pirarucu em cativeiro é uma atividade que vem crescendo nos últimos anos, especialmente na região amazônica, mas também ocorre em outras regiões do país. Contudo, é necessária implantação de sistema para evitar a fuga dos animais e monitoramento contínuo destas criações. Eles precisam contratar consultoria especializada, pois as técnicas diferem para cada espécies/local/tipo de criadouro", detalhou.
Conforme pontuou o especialista, o pirarucu encontrado na Bahia, em específico, é considerado médio em relação ao tamanho que normalmente é observado na espécie, chegando a atingir 3 metros de comprimento e 200 quilos.
Confira curiosidades sobre o pirarucu:
- pode atingir até três metros de comprimento e 200 kg;
- possui respiração aérea e branquial, ou seja, consegue absorver oxigênio do ar e da água, e, por isso, pode ser encontrado em águas com baixo nível de oxigênio;
- é normalmente encontrado na Bacia Amazônica e nas bacias dos rios Araguaia, Tocantins e Orinoco.
Peixe chamou atenção de pescadores
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| Grupo dividiu peixe e vendeu as porções na cidade — Foto: Redes sociais |
O pirarucu encontrado na Bahia tem 80 quilos e 2,2 metros de comprimento. Ele foi capturado por um grupo de sete pescadores da cidade de Malhada, no sudoeste do estado.
"Foi complicado tirá-lo da água, ele quase virou o barco. Precisou de bastante gente para puxar a rede", contou Celso Batista, integrante do grupo que participou da pescaria.
A ideia de encontrar o pirarucu surgiu depois que a população ribeirinha da zona rural comentou sobre a movimentação de um peixe grande na região. Segundo os moradores, o animal aparecia em uma área pantanosa nas margens do Rio São Francisco, conhecida como Quilombo do Pau D'arco. Para alguns, ele era uma espécie de "encanto".
Apesar dos relatos, as informações acerca do peixe eram vagas e os pescadores não sabiam qual era a espécie, nem o tamanho exato dele. Mesmo assim, os homens encararam o desafio e, no dia 16 de abril, partiram em busca do animal, até então desconhecido.
Conforme Celso, para conseguir pegar o peixe, foram necessárias horas de paciência e um plano bem elaborado: colocar a rede de forma que ele não a rasgasse, atrair o animal com sons na água e depois puxar de modo preciso.
A rede foi montada por volta de 14h e o gigante só foi capturado duas horas depois. Para retirar o pirarucu da água, sete homens precisaram puxar a rede. Depois, o peixe foi dividido em sete pedaços - cerca de 10 kg para cada pescador.
Por Alan Oliveira, g1 BA e TV Sudoeste
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| Peixe mede mais de 2 metros de comprimento — Foto: Redes sociais |
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