PRESIDENTE NACIONAL DO PSDB, MARCONI PERILLO É ALVO DA POLÍCIA FEDERAL POR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

Investigação explica que desvios ocorreram por meio de uma Organização Social em contratos com o governo estadual da época.
Quinta-feira, (06) de fevereiro de 2025
Marconi Perillo em evento do PSDB em Santa Catarina — Foto: Facebook / PSDB Nacional 
Presidente nacional do PSDB e um dos últimos remanescentes do tucanato de alta plumagem com atuação política, Marconi Perillo, virou alvo da Operação Panaceia, desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (6), que investiga um esquema de corrupção na Saúde em Goiás durante os anos de 2012 e 2018, quando ele era governador do Estado.

"Durante a investigação foi apurado que os desvios foram feitos por meio de uma organização social em contratos com o Governo do Estado, a qual subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores da própria organização social, de forma que parte do dinheiro recebido por essas empresas retornava aos políticos e aos próprios administradores da organização social, o que é vedado por Lei". Afirma a PF em nota.

No total, a PF pediu o sequestro de R$ 28 milhões em bens dos investigados. O sequestro de bens é um mecanismo jurídico que congela recursos de investigados em um processo até que se tenha certeza se foi adquirido com dinheiro do crime. O desvio, no entanto, pode ser maior que o montante congelado pela Justiça, de acordo com a polícia.

Segundo os investigadores, além do desvio de recursos - crime de peculato, também são investigados os crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais. A soma das penas máximas cominadas aos respectivos crimes pode ultrapassar os 40 anos.

Desvio de recursos
Ao todo, a operação cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Goiânia e um em Brasília. Segundo a Polícia Federal, o desvio de dinheiro acontecia por meio de contratos de uma OS com o governo estadual. Também explicou que ainda não foi contabilizado o valor desviado, mas pontuou que pode ser ainda maior que os R$ 28 milhões sequestrados dos investigados.

Além disso, ressaltou que o esquema utilizado é vedado por lei. Entenda:
  • A OS firmava contratos com o Governo de Goiás para administrar alguns serviços;
  • Para a execução desses serviços, a OS subcontratava empresas ligadas a políticos e até a administradores dá OS;
  • Com a subcontratação, parte do dinheiro recebido por essas empresas retornava aos políticos e aos administradores dá OS.
Operação Panaceia
A operação desta quinta cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, sendo dez em Goiânia e um em Brasília. Além disso, a 11ª Vara Federal do Distrito Federal determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões relacionados aos investigados.

A investigação aponta para um esquema criminoso envolvendo uma organização social, que subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores supostamente ligados a essa mesma organização. Os recursos públicos destinados à saúde eram direcionados a essas empresas, e parte do dinheiro retornava ao grupo acusado de envolvimento no esquema de corrupção.

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