Uma nota curta, de apenas dois parágrafos, publicada na coluna de Lauro Jardim no O Globo deste domingo (26), afirma que no fim de semana anterior à posse do presidente norte-americano Donald Trump, o senador Flávio Bolsonaro (PL) esteve em Miami.

Segundo a informação, ele estava acompanhado do advogado e amigo Willer Tomaz. Os dois passaram a noite de sábado para domingo jogando no Hard Rock Hotel & Casino. Em torno das 6h30 da manhã, Flávio acompanhou o amigo à boca do caixa, onde ele sacou US$ 236 mil em dinheiro vivo (R$ 1.549.569,70).

O advogado Willer Tomaz é amigo pessoal de Flávio Bolsonaro. Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) em 2017, no caso JBS, suspeito de intermediar propinas ao então procurador da República Angelo Goulart Villela.

De acordo com as investigações da época, Angelo seria um agente infiltrado no Ministério Público Federal, responsável por repassar informações sobre as investigações aos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Willer ficou preso por três meses. A Corte Especial Judicial do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região rejeitou a denúncia contra Willer Tomaz e os demais suspeitos em junho de 2021, devido a mudanças nas versões dos delatores e da ausência de outras provas documentais. Na época, o advogado declarou que as imputações “não passavam de um invencionismo” e que os delatores “visaram apenas os benefícios da colaboração premiada” e “desmentiram absolutamente tudo”.

Para sacar dinheiro de um cassino no exterior, é possível usar um cartão de débito, crédito ou pré-pago internacional. O saque é feito em caixas eletrônicos, também chamados de ATM (Automated Teller Machine).

Segundo o Plantão Contábil, a pessoa física que obtém ganhos em apostas on-line no exterior deve ser tributada na forma de recolhimento mensal. Não há informações, no entanto, se Willer (ou Flávio) ganhou o dinheiro em apostas ou se simplesmente sacou no caixa e com que objetivo.