BANCO CENTRAL DIVULGA PRÉVIA DO PIBINHO DE BOLSONARO EM 2019, MENOS DE 1%.

Sábado, 15 de Fevereiro de 2020
Sempre avisamos, não tinha como dar certo, a manipulação de dados denunciada pelo jornal Financial Times, quedas das vendas no quarto trimestre, estagnação da economia no último trimestre, fuga de investidores, mais de 62,5 bilhões foram retirados do Brasil, Déficit da balança comercial, disparada do dólar, aumento da informalidade, políticas de desmatamento e uma reforma da previdência cruel e desnecessária, todos os ingredientes para o fracasso estavam postos a mesa e mesmo assim a grande mídia insistia que o Brasil estava no rumo certo.

Pois, bem, de acordo com cálculos feitos pelo Banco Central, a “expansão” da economia brasileira no ano passado, foi abaixo de 1%, o que consolida um cenário desastroso, as políticas traçadas por esse desgoverno pode levar o país a colher mais um ano de crescimento pífio, ou seja, mais um ano de pibinho.

A incompetência da equipe econômica de Bolsonaro, não consegue sequer aproveitar a Inflação controlada, juros baixos e crédito disponível, esses costumam ser fatores que contribuem um avanço econômico de qualquer nação. Mas, não no caso do Brasil, explico ponto por ponto.

Inflação controlada: o controle inflacionário no Brasil não se dar por qualquer ação do governo Bolsonaro, pelo contrário, ele ocorre por um fenômeno recente, chamado de uberização, o aumento da informalidade e do sub-emprego, faz as pessoas comprarem menos, ou seja, não estão consumindo, evidentemente esse fenômeno derruba a inflação, resumindo por não possuírem uma renda fixa, ou mesmo, estarem em situação de sub-utilização os brasileiros estão gastando menos e derrubando a inflação por falta de consumo, consequentemente não movimento a economia local.

Juros baixos: o sonho de qualquer país é também o pesadelo de um país com mercado especulador, com juros muito baixos, o Brasil conseguiu um fenômeno raro em sua história, pela primeira vez desde que a Bovespa iniciou operações, temos mais investidores locais do que estrangeiros na bolsa de valores, isso acontece por que 62,5 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros foram retirados do Brasil, por que investidores que buscam retorno a curto prazo, não vem no país juros que possa satisfazer seus lucros e retiram o dinheiro para mercado mais seguros como EUA, Canadá e Inglaterra. Com menos dinheiro na economia, o Brasil não consegue decolar e de quebra mantém a inflação controlada, por falta de consumo e de investimentos estrangeiros no país, mas as consequências são a alta do dólar, dos combustíveis e o disparada no preço da carne.

Crédito disponível: Mesmo com o crédito disponível, o brasileiro anda cauteloso em fazer novas dívidas, consequências da informalidade e do endividamentos das famílias, isso reflete diretamente no empresariado, que fica com um pé atrás antes de fazer novos investimentos, pois, sem renda fixa as famílias gastam menos e os empresários passam a viver um cenário de incertezas e consequentemente deixam de investir, o que faz o crédito disponível ficar estagnado e a economia não girar.

Por que a reforma da previdência não estimulou o mercado e fez o PIB alavancar como prometeu Paulo Guedes ?

A tão badalada e polêmica reforma da previdência que acabou com direito do trabalhador se aposentar, deveria aumentar a confiança do mercado e equilibrar as contas do governo, como Guedes cansou de dizer, causou um efeito contrário. As contas do governo federal não voltaram a um patamar razoável de equilíbrio, o que se viu foi o maior rombo da previdência de todos os tempos, 318 bilhões e um excesso de contingenciamento para cumprir uma meta deficitária, não há torcida que faça empresários investirem mais e consumidores gastarem na mesma proporção. Muito menos estrangeiros aportarem em terras nacionais o dinheirinho acumulado lá fora.

Retração da economia brasileira reflete nas empresas
As fábricas instaladas no país amargaram uma retração em 2019, depois de dois anos de crescimento baixo. Nos serviços, houve até expansão na comparação com 2018. Mas muito abaixo do que se calcula ser preciso para recuperar parte do terreno perdido após golpe.

O indicador do BC, divulgado nesta sexta-feira, é apenas uma prévia aproximada do desempenho que a economia brasileira teve no ano passado. A conta oficial é de responsabilidade do IBGE e seu resultado só será conhecido em março, mais por tudo que já foi mostrado ao longo dessa reportagem e de tantas outras que nosso blog mostrou no ano passado, já se sabe que o PIB será um pibinho.

Texto: Pedro Oliveira e Ana Fernandes
Edição: Ana Fernandes
Informações: Jornal O Globo
Com informações: Noticiário Político Nacional

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