terça-feira, 24 de junho de 2025

STF PEDE INQUÉRITOS DO INSS APÓS O MINISTRO BOLSONARISTA ONYX LORENZONI E O DEPUTADO FAUSTO PINATO DO PP-SP SER CITADO

O magistrado anunciou a decisão após receber um comunicado da Polícia Federal, que citou os dois políticos
Terça-feira, (24) de junho de 2025
Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Previdência Onix Lorenzoni (Arquivo)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou o compartilhamento dos inquéritos sobre fraudes no INSS que mencionam o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) e o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP). O magistrado anunciou a decisão após receber um comunicado da Polícia Federal, que citou os dois políticos. Os relatos foram publicados no portal Metrópoles.

Investigadores apuram se Onyx, que foi ministro da Previdência no governo Bolsonaro, e Pinato tiveram transações financeiras com Felipe Gomes Macedo, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), uma das entidades envolvidas no esquema bilionário de descontos ilegais que desviou recursos de aposentados e pensionistas.

Segundo a publicação, Macedo doou R$ 60 mil à campanha de Onyx Lorenzoni ao governo do Rio Grande do Sul em 2022. A entidade faturou R$ 324 milhões desde então, quando firmou acordo com o INSS para realizar descontos em benefícios previdenciários.

O deputado Fausto Pinato afirmou que Felipe Gomes Macedo alugava uma sala comercial no mesmo prédio onde funciona seu escritório político, localizado na Alameda Grajaú, em Alphaville, Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com o parlamentar, as pessoas ligadas à Amar Brasil deixaram o imóvel em agosto de 2023, e um assessor seu alugou o espaço no ano seguinte.

“É uma suposição de uma sala que já foi [de um investigado]. É muita loucura [a suspeita]”, disse Pinato. “Pegar um cara que tem uma empresa, eu alugo a sala quatro ou seis meses depois, a sala é de outra pessoa. Eu vou adivinhar que a sala é de um cara que está supostamente envolvido com a farra do INSS?”

O ex-ministro Onyx Lorenzoni negou conhecer Gomes, que contribuiu para sua campanha em 2022. Ele declarou que não tem relação com cerca de 30% de seus doadores, mas que todas as contribuições foram “dentro da lei e fiscalizadas pela Justiça Eleitoral”.

“Eu tenho relação zero com essa pessoa. Estou à disposição da Polícia Federal, Ministério Público, CPI. Quem tem a verdade, não teme a nada”, acrescentou Lorenzoni.


Sabia que o Blog do Zé Carlos Borges está também no Telegram? Inscreva-se no canal.

➤ Leia também


Nenhum comentário:

Postar um comentário