Relatos incluem ardência, inchaço e aftas. Produto teve mudança na fórmula em 2024 e marca investiga componentes que possam causar reações.
Domingo, (22) de junho de 2025
![]() |
Educadora social, de 45 anos, sofre reação alérgica após uso de pasta de dente, em Miracatu (SP) — Foto: Arquivo pessoal |
A venda do produto havia sido proibida no dia 27 de março após consumidores relatarem ardência, inchaço, aftas, dores e irritações na boca, que, em alguns casos, chegaram a comprometer a fala e a alimentação.
A Colgate recorreu e conseguiu a suspensão temporária da medida, mantendo o produto à venda a partir de 30 de março. No entanto, um mês depois, a Anvisa derrubou a decisão e manteve a venda proibida devido à alta de relatos de reações. A restrição segue em vigor.
O produto citado nos relatos é a versão Clean Mint, uma nova fórmula de um dos cremes dentais mais populares da marca, o Colgate Total 12. A empresa havia feito uma mudança na composição e no nome do produto.
Desde a suspensão, a Anvisa determinou uma investigação para apurar quais componentes podem estar causando as reações. O creme dental passou por uma mudança na fórmula em julho de 2024, quando o fluoreto de sódio foi substituído pelo fluoreto de estanho como ingrediente ativo. Ainda não há confirmação de que essa alteração seja a responsável pelos efeitos adversos.
A agência informou que a empresa também investiga a possibilidade de que o problema esteja relacionado a aromatizantes à base de óleos essenciais, substâncias reconhecidas pelo seu potencial alergênico, além de corantes e outros aditivos usados para melhorar o sabor da fórmula.
Investigação da Anvisa
Após a suspensão, a Anvisa determinou a investigação dos componentes da fórmula do Colgate Clean Mint para identificar a possível causa das reações. A fórmula do produto foi alterada em julho de 2024, substituindo o fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho como ingrediente ativo. No entanto, ainda não há confirmação de que essa mudança seja responsável pelos efeitos adversos relatados.
A agência também apura se os problemas podem estar relacionados a aromatizantes à base de óleos essenciais, conhecidos pelo seu potencial alergênico, além de corantes e aditivos usados para melhorar o sabor. A investigação segue em colaboração com a fabricante do produto.
O posicionamento da Colgate
A Colgate afirmou que está tratando cada relato dos consumidores com atenção e compromisso. A empresa destacou que mantém colaboração contínua com a Anvisa e reafirmou a qualidade e a segurança do produto.
"A Colgate segue os rígidos padrões das agências regulatórias e confia plenamente na qualidade e segurança de seus produtos", afirmou a empresa. A nota também ressaltou que, embora a maioria dos usuários não apresente problemas, uma pequena porcentagem de pessoas pode ter sensibilidade a ingredientes presentes em produtos de higiene.
A empresa orienta que consumidores que apresentem reações adversas interrompam imediatamente o uso do creme dental e busquem atendimento médico caso os sintomas persistam.
Histórico da suspensão
O Colgate Clean Mint teve sua venda proibida em 27 de março, após as primeiras queixas de consumidores. Em 30 de março, a Colgate conseguiu reverter temporariamente a decisão e retomou a comercialização do produto. No entanto, com o aumento nos relatos de reações, a Anvisa voltou a proibir a venda.
A restrição segue em vigor enquanto as investigações continuam, e a Anvisa não deu prazo para a conclusão do processo.
Colgate Clean Mint — Foto: Divulgação |
Acompanhe o Blog do Zé Carlos Borges no Instagram, Facebook e Twitter.