Terça-feira, 09 de fevereiro de 2021
Protesto no Hospital Dom Malan — Foto: Reprodução / TV Grande Rio |
Segundo o frentista Joseano Rodrigues, a gravidez da esposa precisava de cuidados. Por isso, houve orientação da médica obstetra para que o parto não fosse normal. Lucicleia Ferreira dos Santos fez o pré-natal e recebia acompanhamento na Unidade Básica de Saúde do Projeto Maria Tereza e na Casa de Parto.
“Devido a minha esposa ter diabetes, foi encaminhado para cá no dia 2 para tirar a neném, que a neném já estava bastante grande e ela não podia ter com nove meses e nem normal. Mandaram ela para sala de parto e começaram a induzir ela. Induziram quatro vezes”, afirma.
Ainda segundo Joseano, depois das tentativas de parto normal, a cesariana foi feita, mas a criança já estava morta. Na declaração de óbito da bebê Geovana, entre as causas da morte, estão causa desconhecida, sofrimento fetal agudo e diabetes tipo 2. Joseano disse que vai pedir uma perícia médica para que descobrir o que realmente aconteceu no dia do parto.
“De imediato que quero pedir uma autorização para fazer uma perícia na minha filha para saber realmente o que aconteceu. Negligência a gente sabe que foi. Eu quero saber a causa da morte. Quero punição para todos os envolvidos, não importa quem seja”, afirma.
O frentista conta que desde a morte da filha, Lucicleia ficou bastante inconformada com a situação. Joseano diz que será preciso procurar atendimento psicológico para a esposa.
“A mãe está abalada, chora a todo momento, dizendo que quer a filha dela de volta. Que está com saudades de quando a filha mexia na barriga, que não era para ter acontecido aquilo. Vamos ter que fazer acompanhamento psicológico, porque não é fácil. Se para mim que sou pai, sinto a dor que estou sentindo, não é fácil, ela que carregou na barriga durante oito meses, acompanhou tudo de pertinho, não é fácil não.”
Em nota, o Hospital Dom Malan Imip disse que “Lucicleia Ferreira dos Santos foi assistida pela equipe multidisciplinar durante todo o internamento. Entretanto, apesar dos esforços da equipe, o recém-nascido não sobreviveu a uma intercorrência causada por uma bradicardia intensa. A direção da unidade se solidariza com a família e se coloca à disposição para maiores esclarecimentos.”
Protesto no Hospital Dom Malan — Foto: Reprodução / TV Grande Rio |
Do G1
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