PF DESMONTA FARSA DE BOLSONARO E DIZ QUE NÃO HÁ MANDANTE NO CASO ADÉLIO E GLEISI ANUNCIA PROCESSO CONTRA ADVOGADO DE BOLSONARO QUE LIGOU PT A “FACADA”

Quinta-feira, 14 de maio de 2020
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, se manifestou nesta quinta-feira, 14, sobre a conclusão, pela Polícia Federal, das investigações sobre o ataque a faca contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) na campanha presidencial pelo PSL em 2018. Segundo a PF, não houve mandantes do crime e Adélio agiu sozinho. 

A dirigente petista anunciou que ingressará na Justiça contra o advogado de Bolsonaro, Frederico Wassef, Frederick Wassef, que disse ao vivo em um programa na Band na segunda (11) que uma suposta testemunha teria afirmado a ele que o “PT pagou Adélio Bispo para esfaquear Jair Bolsonaro”. 

"Novo inquérito da PF desmente Bolsonaro e seu advogado irresponsável, que terá de se explicar na Justiça sobre acusação safada ao PT", disse Gleisi pelo Twitter. 

A investigação da facada foi coordenada pelo delegado Rodrigo Morais e entregue nesta quarta-feira (13) à Justiça Federal em Juiz de Fora. "O que a investigação comprovou foi que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida", destaca o delegado no inquérito.

Em 2º inquérito, PF conclui que Adélio agiu sozinho em ataque a Bolsonaro
A Polícia Federal concluiu que não houve mandante no ataque contra o presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral, em setembro de 2018. O segundo inquérito sobre o caso foi entregue nesta quarta-feira, 13, à Justiça Federal. Para o delegado Rodrigo Morais, está provado que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho e por iniciativa própria, sem apoio de terceiros.

“O que a investigação comprovou foi que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida”, destaca o delegado no inquérito. De acordo com o inquérito, não ficaram provadas participações de outras pessoas, partidos ou agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou paramilitares em nenhum momento, “ainda que a maioria das pessoas acreditem na existência de suporte logístico ao perpetrador”.

O delegado Rodrigo Morais afirma ainda no inquérito que não há espaço para “apuração orientada pelo anseio popular” e que o trabalho foi feito com “rigor técnico”. O segundo inquérito corrobora o resultado da primeira investigação feita em 2018, que, já havia considerado que Adélio Bispo agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação teria sido “indubitavelmente política”. Adélio foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. 
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Zé Carlos Borges

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