Quinta-feira, 14 de maio de 2020
Em sentença datada de 18 de março de 2020, o Juiz Wagner Mota Alves de Souza, Juiz Federal Titular da Subseção Judiciária de Juazeiro, Bahia, deu fim às idas e vindas de um processo comprovando que Zé Filho desviou mais de 6 milhões (atualizados em 2015), descontados dos funcionários entre janeiro de 2005 a abril de 2007.
Anota o juiz, com evidente espanto, que foi “comprovada a prática da conduta ilícita por 28 vezes”, com o mesmo “modo de execução”. E, enquanto seus afilhados e coligados iam para a cadeia como Zé Filho tentou se livrar do crime? Apelando, não apenas uma, mas dez vezes seguidas, alegando que não havia crime porque a dívida estava paga.
Ele tem conhecimento da morosidade da justiça e a cada recurso e embargo, sempre com o mesmo argumento, ganhava mais dois a três anos. A Justiça consultava a Previdência e a Receita e depois de decorrido anos, vinha a resposta: Não, a dívida não foi paga. E recomeçava o processo.
Desta vez, não deu tempo. Voltou a apelar justificando o pagamento, mas veio rápida a resposta. A dívida existe, o desvio existiu. Com os olhos já nas grades, ele apelou dizendo que toda a responsabilidade era de Charles Clay Moreira da Silva, o mesmo contador e tesoureiro de agora. O juiz não se deixou levar e o condenou a “07 (sete) anos e 08 (oito) meses de reclusão e 36 dias-multa” a ser cumprida em regime semiaberto.
Em Remanso, que sofre com atraso de pagamento de funcionalismo e todas as mazelas duplicadas pelo descaso e pandemia, há uma enorme expectativa para se saber o dia da colocação da tornozeleira eletrônica em Zé Filho ou sua prisão assim que for iniciada a investigação do desvio de uma folha inteira da Educação no final de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário