Quatro fatos interessantes sobre este alimento, que é um dos mais presentes no prato do brasileiro
Sexta-feira, (10) de outubro de 2025
O ovo é um dos alimentos mais consumidos no mundo. Segundo dados de 2025 da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), A estimativa é de que neste ano cada brasileiro consuma, em média, 288 ovos, 19 unidades a mais que em 2024. Já em 2026, a projeção é de 306 unidades por pessoa.
O Brasil ocupa a 7ª posição no ranking mundial de consumo de ovos e a produção no país deve chegar a 62 bilhões de unidades neste ano, 7,5% a mais que o registrado em 2024.
Já foi considerado vilão pela classe médica no passado, mas caiu de volta nas graças já há algum tempo, justamente por suas propriedades nutricionais comprovadas: excelente fonte de proteínas de alta qualidade, vitaminas (como A, D, E e complexo B), minerais (como selênio, fósforo e colina) e antioxidantes.
Apesar de ser reconhecido como um dos alimentos mais completos e acessíveis, o ovo ainda é cercado por equívocos e crenças populares. Informações sem base científica acabam confundindo a população e dificultando escolhas alimentares mais conscientes.
Confira abaixo, algumas curiosidades sobre esse alimento:
A cor da casca não muda a qualidade nutricional do ovo
O que determina a cor da casca é unicamente a genética da ave que o botou, ou seja, a sua raça. Galinhas de penas brancas e lóbulos das orelhas claros; tendem a botar ovos brancos. Galinhas de penas avermelhadas ou amarronzadas tendem a botar ovos marrons/vermelhos.
Esse processo de pigmentação da casca é independente da formação do conteúdo interno do ovo, ou seja, da clara e da gema. Portanto, ambos são praticamente idênticos do ponto de vista nutricional, fornecendo a mesma quantidade de calorias, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais essenciais.
Ovo é um superalimento
Ele é fonte de proteínas de alta qualidade, vitaminas (A, D, E, B12) e minerais importantes como ferro e selênio, mas há diferença realmente diferença na qualidade do ovo dependendo da forma como a galinha é alimentada. O impacto é observado na composição de nutrientes e, principalmente, a cor da gema. As que consomem alimentos ricos em pigmentos naturais (como milho e alfafa) tendem a produzir gemas mais alaranjadas. Além disso, ovos enriquecidos com Ômega-3 são produzidos por galinhas que recebem uma dieta suplementada com fontes desse ácido graxo, como sementes de linhaça.
O bem-estar da galinha influencia a qualidade do ovo
O forma de criação da ave também influencia. Ovos de galinhas criadas livres (caipiras, free-range ou pasture-raised), que têm acesso à luz solar e a dieta mais variada, podem apresentar uma concentração ligeiramente maior de Vitamina D, por exemplo. A legislação e o sistema de produção (granja, caipira/colonial, orgânico) definem o que é vendido ao consumidor, não a cor da casca.
Preço do ovo é impactado pelo gasto que a raça da galinha exige
O custo mais alto do ovo marrom em certas ocasiões se deve ao fato de que as raças são mais dispendiosas financeiramente. As galinhas que botam esses ovos (como a raça Rhode Island Red) são maiores e mais pesadas que as que botam ovos brancos (como a Leghorn), exigindo mais ração e energia, o que aumenta o custo de produção.
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