OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL MIRA GESTORES DA PENITENCIÁRIA DE PETROLINA, PE

Servidores, suspeitos de corrupção, foram afastados e vão usar tornozeleira eletrônica. A investigação começou em março de 2024. Entre os crimes investigados estão lavagem de dinheiro e prática de corrupção ativa e passiva.
Terça-feira, (19) de agosto de 2025 
Penitenciária Dr Edvaldo Gomes, em Petrolina — Foto: Divulgação
Um novo escândalo envolvendo o sistema prisional de Pernambuco vem à tona. Operação da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (19), cumpre mandados de busca e apreensão contra gestores da Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, localizada em Petrolina, no Sertão. 

Os alvos estão sendo afastados das funções públicas, por determinação judicial, e vão usar tornozeleiras eletrônicas. A operação, chamada de Publicanos, é comandada pela Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária e pelo Grupo de Operações Especiais (GOE). Equipes foram à penitenciária e fazem apreensões. Detentos também são alvos da operação.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação foi iniciada em maio de 2024, com o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e introdução de aparelho telefônico de comunicação móvel em presídio.

Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, afastamento de funções e bloqueio judicial de ativos financeiros, todos expedidos pelo Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Petrolina.

A operação, com mais de 100 policiais, ainda conta com apoio da Polícia Civil da Bahia.
Em contato com a assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e aguardamos novas informações.

CORRUPÇÃO NO PRESÍDIO DE IGARASSU
A penitenciária de Petrolina não é a primeira a ser alvo de operação em 2025. O Presídio de Igarassu, o mais superlotado e precário do Estado, entrou na mira da Polícia Federal em duas operações realizadas em fevereiro e abril para combater o forte esquema de corrupção.

Na primeira fase, o ex-diretor Charles Belarmino de Queiroz e sete policiais penais foram presos preventivamente. Outros dois servidores, incluindo uma dentista, também foram alvos.

Já na segunda fase, o ex-secretário-executivo de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) André de Araújo Albuquerque foi preso após a Polícia Federal encontrar imagens que mostram ele recebendo dinheiro e guardando em uma sacola na sala da diretoria do presídio. Para os investigadores, a quantia se tratava de propina.

A investigação apontou que os ex-gestores e policiais penais recebiam dinheiro e até comida para liberar a entrada de drogas, celulares, bebidas alcoólicas e garotas de programa na unidade prisional. Festas também eram autorizadas, segundo diálogos de WhatsApp analisados por peritos federais.

O inquérito policial destacou que o esquema de corrupção ocorreu pelo menos entre os anos de 2018 e 2024, quando Charles estava à frente da direção do presídio. Ele e André foram exonerados dos cargos no final do ano passado, em meio ao avanço das investigações.
 


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