Trio foi encontrado na madrugada desta terça-feira (27), enquanto transportavam 126 mil litros de nafta, em três caminhões-tanques.
Terça-feira, (27) de agosto de 2024
Três homens são presos suspeitos de participar de esquema de subtração de material derivado do petróleo na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civil |
Segundo a Polícia Civil, o trio é suspeito de participar de um esquema de subtração de nafta. As prisões aconteceram durante uma operação deflagrada pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), por meio da 20ª Delegacia Territorial (DT/Candeias) e da Coordenação de Operações (COP).
Foram presos:
- Um homem apontado como chefe da organização criminosa;
- Um homem considerado intermediário das transações;
- Um comprador do produto.
Investigações realizadas pela unidade policial apontaram que o desvio do material ocorria há cerca de um ano e meio, em um esquema de grande porte. Veja abaixo como funcionava:
Quando os navios carregados com o produto se aproximavam do Porto de Aratu, os integrantes da associação criminosa realizavam o pagamento de cerca de R$ 250 mil aos responsáveis pela embarcação e retiravam o material ainda em alto-mar, através de uma balsa clandestina.
A balsa carregada atracava na lateral do Porto, onde caminhões-tanque eram abastecidos e saíam levando a maior parte da nafta para um galpão no distrito de Caroba, em Simões Filho, e eventualmente para armazéns nos municípios de Camaçari e Dias D'Ávila.
"Há fortes indícios de que esse mesmo local é utilizado e alugado em conjunto entre a associação criminosa e narcotraficantes, para o envio de drogas para o exterior, através de navios”, informou o diretor do Depom, delegado Arthur Gallas.
A ação é desdobramento da prisão de um integrante de uma organização criminosa, que teve um mandado cumprido na última terça-feira (20), em Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Suspeito de diversos homicídios, roubos, tráfico de drogas e desvios de combustíveis, o homem é apontado como controlador de uma cooperativa que atua na Caroba, onde ele também dominava todas as transações irregulares que ocorriam no Porto de Aratu.
A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento para identificar e responsabilizar os demais integrantes do grupo. Os suspeitos presos fizeram exames de lesões de praxe e estão à disposição da Justiça.