Sexta-feira, 13 de maio de 2022
O empresário bolsonarista Luís Felipe Belmonte confirmou em depoimento à Polícia Federal ter pago R$ 9,5 mil para reformar um escritório em Brasília usado por Jair Renan Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro.
A declaração foi feita no âmbito do inquérito que apura suspeitas de tráfico de influência envolvendo o filho “Zero Quatro” junto ao governo federal. Belmonte ficou conhecido por coordenar a montagem do partido Aliança para o Brasil, legenda idealizada por Bolsonaro e que acabou inviabilizada.
De acordo com o jornal O Globo, Belmonte disse à PF que o pedido para que ele pagasse a reforma da sala comercial teria sido feito pelo próprio Jair Renan e pelo personal trainer Allan Lucena, amigo pessoal e parceiro de negócios do “Zero Quatro”.
Em nota, o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, afirmou que o jovem "não solicitou dinheiro a ninguém, não recebeu um único real de quem quer que seja, não recebeu carro de presente, não atuou para nenhuma empresa, não solicitou que ninguém pagasse nada a ninguém e seu nome foi usado indevidamente" e que "não marcou reunião em nenhum ministério". Segundo a reportagem, a arquiteta Tânia Fernandes confirmou que recebeu de Belmonte o dinheiro utilizado na reforma do imóvel.
Questionado sobre o pagamento, Belmonte disse que já patrocinou diversos atletas e atividades da área de esportes por possuir uma empresa ligada ao setor e que "o fato de ser filho do presidente da República é irrelevante", disse.
Segundo ele, não houve nenhum tipo de contrapartida por causa do pagamento. Ele disse que se precisasse falar com Bolsonaro isso seria feito “diretamente. Não seria por intermédio do sr. Jair Renan".
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