BOLSONARISTAS ADOTAM TÁTICA COORDENADA PARA DESACREDITAR POPULARIDADE DE LULA

Quarta-feira, 11 de maio de 2022
Levantamento feito pelo DataFórum a partir da prospecção de dados do Twitter realizado nesta quarta-feira (10) mostra que mais uma vez as comunidades de apoio ao ex-presidente Lula (PT) superaram a base digital que apoia o presidente Bolsonarista.

Os perfis bolsonaristas no Twitter, a partir de ações coordenadas, buscaram mostrar que o presidente Bolsonaro, ao contrário do que mostram as pesquisas eleitorais, ainda possui alta popularidade. A ação também teve por objetivo desqualificar as pesquisas de intenções de votos, que mostram o presidente da República com alto índice de rejeição.

No campo lulista, novamente o Lula teve duas comunidades de apoio: uma com os lulistas mais engajados e outra com progressistas, que adotam tom de humor para se contrapor ao presidente Bolsonaro e apoiar o ex-Presidente. Ambas somaram 44% e superaram o bolsonarismo no Twitter, que registrou 38%.

Ciristas e lavajatistas novamente centraram a maioria dos ataques na figura de Lula, deixando as críticas ao Bolsonaro em segundo plano. Foram analisados 566789 tweets a partir das seguintes autoridade pesquisadas: : 'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo leite', 'Simone Tebet' e 'Doria'.

Análise de dados
No bolsonarismo o tom adotado foi de mostrar a popularidade do Bolsonaro e desacreditar a popularidade do Lula, em conjunto com as pesquisas de opinião. Circulou um vídeo de um bolsonarista mostrando um evento com Lula em Contagem (MG) com diversas cadeiras vazias.

Na comunidade lulista a pauta foi bastante variada, com o Lula divulgando uma foto com o rapper Djonga, mas também teve bom engajamento a coincidência da delegada Adriana Belém, que tem relações com o assassino da Marielle Franco, ter a mesma advogada que Flávio Bolsonaro. Também houve menções ao orçamento secreto, mentiras do Bolsonaro e o entrevero entre as Forças Armadas e o TSE.

A comunidade progressista é fortemente permeada por humor. Várias tiradas satíricas em apoio ao Lula foram tuitadas por seus principais destaques. Chamaram a atenção para os tipos que votaram em Bolsonaro em 2018: diferenciando os que foram enganados, que poderiam ser resgatados, daqueles que votaram em Bolsonaro conscientemente.

As comunidades de ciristas e esquerda radical surfaram nos ataques de Heloísa Helena ao Lula. Ciro foi lembrado por seus comentários no programa Canal Livre da Band. Um dos destaques classificou o voto útil em Lula como terrorismo. Cabo Daciolo afirmou que o PT tem infiltrados no PDT.

Por sua vez, o grupo de lavajatistas promoveu ataques ao pré-candidato do PT à presidência a partir de um tuíte do ex-juiz Sergio Moro.

Moro, usando como artimanha a vírgula, insinuou que Lula é um facínora. Lula também foi cobrado por “não sair às ruas”, ponto coincidente com a estratégia bolsonarista. A decisão da ONU sobre o caso Lula também foi atacada por Deltan Dallagnol.

Veja os dados

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