Sábado, 02 de maio de 2020
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro chegou na sede da Polícia Federal em Curitiba no início da tarde deste sábado (2) e já começou a prestar depoimento sobre as acusações que fez a Jair Bolsonaro no ato de sua demissão do ministério.
Sergio Moro depõe neste momento no mesmo prédio da Polícia Federal onde o ex-presidente Lula permaneceu preso por 580 dias, em decorrência de uma perseguição promovida pelo ex-juiz.
O ex-ministro preparou um dossiê com o histórico de 15 meses de conversas no Whatsapp para provar as denúncias de interferência de Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal.
Na Polícia Federal em Curitiba, apoiadores de Jair Bolsonaro e de Moro aguardam a chegada do ex-ministro. Houve um princípio de confusão entre os grupos, que foram controlados pela polícia. Os manifestantes estão agora separados.
MORO MOSTRARÁ NESTE SÁBADO HISTÓRICO DE DESAVENÇAS COM BOLSONARO NO WHATSAPP
Sergio Moro contará neste sábado à Polícia Federal os bastidores de 15 meses de desavenças que teve com Jair Bolsonaro em torno de diferentes temas relacionados ao combate à corrupção, em especial em relação à discordância de ambos sobre o comando da corporação.
Moro tem todo o histórico de seu WhatsApp gravado, antes e depois do ataque hacker de que foi vítima no ano passado, e nele áudios, conversas, links e imagens trocadas com o presidente. O ex-ministro já começou a organizar o acervo para entregar à PF voluntariamente.
Conforme mostrou Bela Megale, Moro será ouvido no fim da manhã deste sábado em Curitiba, provavelmente na Superintendência da PF em Curitiba, por dois delegados do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), responsável por investigar pessoas com foro privilegiado — como Bolsonaro.
Também participarão da oitiva três procuradores designados pelo procurador-geral da República Augusto Aras para acompanhar todas as diligências desta investigação: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
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