AGRICULTORAS FAMILIARES CONFECCIONAM MÁSCARAS DE TECIDO PARA DISTRIBUIÇÃO ENTRE BENEFICIÁRIOS DO PRÓ-SEMIÁRIDO

Quinta-feira, 23 de Abril de 2020
Ações de solidariedade neste período de enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus têm se espalhado entre os agricultores e agricultoras familiares da Bahia. No município de Antônio Gonçalves, sete agricultoras-artesãs estão confeccionando 1.400 máscaras faciais de tecido, para serem distribuídas gratuitamente para as famílias agricultoras beneficiadas pelo projeto Pró-Semiárido, do Governo do Estado, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

As máscaras estão sendo produzidas em parceira com o Instituto de Desenvolvimento Social e Agrário do Semiárido (Idesa), instituição credenciada pelo Pró-Semiárido para execução de serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater) junto a famílias atendidas pelo projeto. Estão sendo contemplados com as máscaras agricultores e agricultoras dos municípios de Andorinha, Antônio Gonçalves, Jaguarari e Senhor do Bonfim.

“Nos últimos dias, as principais autoridades de saúde do Brasil e do mundo passaram a recomendar mais fortemente o uso de máscaras para ajudar a conter o avanço do novo Coronavírus, como mais uma medida de proteção. Pensando nisto, incentivamos o uso e a fabricação de máscaras caseiras nas comunidades rurais e, desta maneira, buscamos estimular e contribuir com os cuidados necessários de higiene e prevenção”, esclareceu a técnica do Idesa, Ana Glícia dos Santos. Ela foi uma das idealizadoras da ação e orientou as costureiras na fabricação das máscaras caseiras.

Além da doação do equipamento de proteção individual, os beneficiários do Pró-Semiárido recebem um guia com orientações acerca do uso e de higiene, de como se prevenir da Covid-19 e como confeccionar sua própria máscara. Para viabilizar a produção, o Idesa doou o material (linha, elástico e tecidos) e montou os folhetos informativos. As artesãs entraram com a mão de obra.

“Nós temos que fazer o bem sem olhar a quem. Eu quis ajudar e convidei as amigas porque na época que estamos, quem somos nós para não ajudar o irmão? Se a gente pudesse ajudava cada vez mais. Estamos fazendo com todo prazer e cada uma tem um sorriso no rosto porque a gente tem como ajudar as outras pessoas”, afirmou a agricultora Lizete Souza de Farias, da comunidade de Santo Antônio, que fica na zona rural do município de Antônio Gonçalves. Ela é uma das artesãs que se voluntariaram para confeccionar as máscaras.

Catálogo de Fabricantes
Lizete integra a Associação de Desenvolvimento Alternativo Rural Comunitário -ADARC, do município de Antônio Gonçalves, uma das associações habilitadas no edital da CAR para confeccionar máscaras artesanais, que resultou no Catálogo de Fabricantes de Máscaras Artesanais de Face.

Com 603 empreendimentos habilitados, sendo 220 associações, 33 cooperativas, 308 microempresas e 42 empresas, o catálogo está disponível nos sites da CAR e SDR.  

O documento eletrônico é dividido por Território de Identidade, possui o nome do empreendimento, sua localização, contato comercial e potencial produtivo das máscaras, com a quantidade de máquinas de costura e de costureiras(os) que dispõem para o trabalho. Nele, estão sendo apresentados também os preços de referência, que o governo da Bahia está adotando para as aquisições, considerando as diferentes modalidades de máscaras e tipos de serviços.

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Zé Carlos Borges

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