COM LULA FORTALECIDO, SUCESSÃO JÁ TEM DEZ EX-CANDIDATOS: ‘CANDIDATURA DE LULA VAI SER REGISTRADA POR MILHARES DE PESSOAS’

Sábado, 14 de Julho de 2018
Com a desistência de Flávio Rocha (PRB), dono do Grupo Guararapes, de disputar a presidência da República, já são nove os ex-candidatos nas eleições deste ano, todos do centro e da direita. Em nota publicada nesta sexta-feira (13), Flávio agradeceu ao partido, mas disse que o PRB está livre para negociar alianças com outros partidos.

Entre os nomes governistas, o presidente Michel Temer (MDB), com a maior rejeição já registrada por um presidente, desistiu da candidatura lançando o ex-ministro Henrique Meireiles (MDB) como sucessor de seu governo. Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, já deu indícios que não disputará o pleito e sua candidatura é vista como tampão por não ter decolado.

Os outsiders, candidatos que nunca disputaram cargos eletivos, também tiveram suas baixas. O apresentador Luciano Huck foi cortejado por PPS e DEM para disputar a presidência, enquanto o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa chegou a se filiar ao PSB, mas abriu mão da candidatura.

Nos tucanos, são duas desistências. O ex-prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB) desistiu de ser candidato após tentar tomar o lugar de seu padrinho político na disputa Geraldo Alckmin (PSDB). Após ser enquadrado pelo líder tucano, Doria resolveu ser candidato ao governo de São Paulo. O outro desistente é Arthur Virgílio, prefeito de Manaus, que chegou a rivalizar com Alckmin sobre a vaga tucana.

Os nanicos também tiveram seus desistentes. O médico e apresentador Dr. Rey (PSC) manteve uma pré-candidatura por meses, antes de desistir oficialmente da disputa. Já a jornalista Valéria Monteiro (PMN) disse que continua candidata, apesar de seu partido afirmar que fará alianças e apoiará outras candidaturas. Ela, entretanto, disse que lutará por prévias na legenda e conseguiu manter sua pré-candidatura com uma liminar judicial.

Na esquerda, a maioria das candidaturas segue firme. O único nome que desistiu até agora foi o do deputado Chico Alencar (PSOL), cotado para disputar a presidência, mas que decidiu ser candidato ao Senado. 

Por William De Lucca

‘CANDIDATURA DE LULA VAI SER REGISTRADA POR MILHARES DE PESSOAS’
"Nós sabemos que Lula só está preso porque lidera todas as pesquisas. Se não fosse candidato não estaria preso", disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, em pronunciamento no ato político em frente ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), em Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira (13), como parte do Dia Nacional de Luta por Lula Livre. Para o dirigente, a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma ameaça que pesa sobre todos os cidadãos brasileiros, com a suspensão do Estado democrático de direito.

"Se Lula, que é cidadão do mundo, pode ser tratado dessa maneira, o que vai acontecer com o cidadão comum na periferia do Brasil afora, se a lei não é cumprida com um ex-presidente da República? O Brasil virou um país sem lei", alertou.

Ele pediu que os movimentos sociais, os partidos engajados na luta pela democracia e os sindicatos continuem mobilizados pela libertação do ex-presidente e prometeu que, no dia 15 de agosto, data prevista para o registro da candidatura de Lula à Presidência da República, a mobilização vai "lotar Brasília". "Vai ser uma candidatura registrada por milhares de pessoas. Lula vai ser candidato, vai ser eleito e em janeiro vai subir as escadas do Palácio do Planalto e propor um referendo revogatório de todos os atos que os golpistas fizeram contra o Brasil", disse.

"Este tribunal descumpriu a lei. Lula tinha que ser imediatamente solto. O ministro da Justiça (Raul Jungmann) e a Polícia Federal também descumpriram a lei, porque não cumpriram decisão judicial (do desembargador Rogério Favreto)", criticou, ao referir-se ao TRF-4, que no domingo (8) esteve no centro das arbitrariedades que definiram a manutenção da prisão de Lula.

Freitas refirmou que a ação do tribunal durante o processo é "política e interesseira" e que o prejuízo atinge a democracia brasileira. "Querem que o Brasil seja colônia do capital internacional. O que acontece ao Brasil salta aos olhos do mundo inteiro." Ele lembrou que o mérito do processo contra Lula não foi julgado e que, conforme determinado pela Constituição Brasileira, enquanto não houver sentença em última instância (Supremo Tribunal Federal) o ex-presidente não pode ser preso.

"A sociedade brasileira tem que se levantar contra isso. Se amanhã tiver evidências contra qualquer um de vocês, vocês serão presos." Segundo ele, uma parcela do Judiciário brasileiro é, atualmente, guiada pelos "índices do Ibope" e combina suas ações com a mídia. "Lula está preso por dizerem que tem um apartamento que nunca teve", acrescentou.

O presidente da CUT afirmou que a atuação do Judiciário contra Lula traz um fator positivo. Segundo ele, a manutenção de Lula na prisão mobilizou os trabalhadores "para agosto ser um mês de luta". "Essa palhaçada que aconteceu no domingo só coloca mais água no nosso moinho pra fazer o Dia Nacional do Basta dia 10 agosto com mais força ainda, para parar o Brasil, os trabalhadores se manifestandio contra a carestia, contra o desemprego e por Lula livre."

Freitas viaja a Cuba na noite desta sexta para participar do 24º Encontro Anual do Foro de São Paulo, na capital, Havana, de 15 a 17 de julho. Participam partidos de esquerda e movimentos progressistas da região. 

Por Rede Brasil Atual

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