JUAZEIRO E PETROLINA PEDEM JUSTIÇA NO DIA EM QUE À GAROTA BEATRIZ MORTA NO COLÉGIO AUXILIADORA COMPLETARIA 8 ANOS

Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
No dia em que Beatriz Angelica Mota, completaria 8 anos de idade, os pais da menina se uniram a manifestação para pedir Justiça ao assassinato ocorrido dia 10 de dezembro do ano passado, durante evento na Escola Nossa Senhora Maria Auxiliadora, onde estudava em Petrolina (PE). Há mais de dois meses do crime, a polícia ainda não elucidou o crime que chocou o Vale do São Francisco. Centenas de pessoas deram as mãos na Praça Dom Malan nesta quinta-feira (11), e juntas em orações, clamaram as autoridades políticas e policiais para dar celeridade às investigações.

Os pais da vítima, que até então não tinham se pronunciado, emocionaram a todos com palavras de fé na Justiça de Deus e dos homens. A mãe de Beatriz Lucinha pediu ritmo à polícia na apuração do assassinato e evocou a Escola a ajudar o trabalho da polícia. “A Escola tem que contribuir na elucidação do fatos porque tem obrigação de dizer o que aconteceu, quais as motivações e quem são esses monstros. A brutalidade aconteceu dentro de uma escola católica, que tem quase 90 anos de tradição na região, local em que confiamos os nossos filhos, um local que sempre esperamos ser seguro para eles, o crime foi dentro de uma escola com câmeras e ninguém viu nada, ninguém sabe de nada, como se o assassino estive descido do céu, aberto as profundezas do absoluto da escola e depois virado fumaça, desaparecido, sem deixar vestígios. Exigimos uma resposta”, conclamou aos prantos. “Tem um grupo e nós não sabemos, mas que eles são perigosos, estão soltos e estão impunes. A minha família foi vítima. Não temos suspeitos, nem temos a motivação de um crime com tamanha crueldade, não há explicação, nada que justifique tamanha maldade, esperamos o pronunciamento do Ministério Público”, acrescentou a mãe da menina morta a facadas.

Lucinha reforçou o pedido de colaboração à escola. “Só rumores de demissões, investimentos nisso e naquilo e nada de contribuição real com as investigações”. Ela ainda mandou recado para o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara. “Vamos manter a chama da Justiça. Agradecemos aos policiais, delegado que estão se empenhando como guerreiros, com esforços sobre humanos para desvendar este caso. Queremos paz, resposta e queremos que o Governador aparelhe a Polícia Civil de Pernambuco, que precisa de melhores condições de trabalho, equipamentos, mais profissionais. Queremos que a polícia com efetiva contribuição da Escola possa esclarecer o que aconteceu com a minha filha”, disse em discurso.

O ponto alto da manifestação foi o momento em que Lucinha fez alusão aos boatos em torno do crime. “Dependendo da motivação o problema não é só de Petrolina, nem de Juazeiro e sim de todo o Vale do São Francisco. O silêncio da escola e a demora na conclusão do inquérito policial tem provocado rumores e boatos de toda ordem, inclusive do crime ter sido passional, possibilidade que já foi descartada pelos investigadores”.

Familiares e amigos da família também se pronunciaram. O primo Leonardo, de 20 anos, relembrou momentos em que todos os familiares se reuniam. “Infelizmente os dias não são mais iguais como antes. Lembro de cada sorriso largo dessa família e que hoje em dia, infelizmente, nós não temos mais motivos para sorrir”.

Todos entoando #somostodosbeatriz, crianças, jovens e adultos seguravam faixas e velas pedindo Justiça e a prisão do assassino de Beatriz. Em meio a manifestação, o ronco dos motores produzido por grupos de motociclistas marcou a homenagem ao que seria a festa de aniversário da menina.

Zé Carlos Borges
Com informações de GRFM (Matéria original)

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Zé Carlos Borges

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Um comentário:

  1. sou natural de juazeiro,mas espero que esse crime barbaro nao fique impune.

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