MINISTRO TEORI ZAVASCKI ABRE INQUÉRITOS CONTRA DELCÍDIO, RENAN CALHEIROS, JADER BARBALHO E ANÍBAL GOMES

Terça-feira, 01 de dezembro de 2015
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou, nesta terça-feira 1º, a abertura de dois inquéritos pedidos pela Procuradoria Geral da República (PGR).

O primeiro pede investigação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na semana passada pela Lava Jato, e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA).

No segundo inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede apurações contra Renan, Jader e ainda contra o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Com a decisão, Renan passa a responder a cinco inquéritos no Supremo. O senador Delcídio responde a dois. Ao todo, o STF tem abertos 33 inquéritos para investigar 68 pessoas no âmbito da Lava Jato: 23 deputados, 14 senadores, um ministro de Estado e um ministro do TCU.

Mais informações na reportagem da Agência Brasil:

Supremo abre inquéritos para investigar Renan, Jader Barbalho e Delcídio

André Richter - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (1º), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a abertura de dois inquéritos para investigar na Operação Lava Jato o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio do Amaral (PT-MS), além do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Os pedidos de abertura de investigação foram feitos ontem (30) pela Procuradoria-Geral da República. Com a decisão, Barbalho e Delcídio, que foi preso na semana passada por determinação do Supremo, passam a ser investigados na Lava Jato. Calheiros e Gomes são investigados pelo STF em outro inquérito, aberto em março, após as primeiras denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Os pedidos de investigação foram enviados ao Supremo em segredo de Justiça e os detalhes não foram divulgados. Os crimes citados são corrupção e lavagem de dinheiro. Zavascki enviou os inquéritos para a Polícia Federal, que deverá iniciar a investigações.

Sobre o pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República, o senador Renan Calheiros disse, em nota, que reitera que as relações com empresas públicas nunca ultrapassaram os limites institucionais. "O Senador já prestou os esclarecimentos necessários, mas está à disposição para novas informações, se for o caso", diz o texto. A nota informa ainda que o presidente do Senado nunca "autorizou, credenciou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros".

Procurado pela Agência Brasi, o senador Jader Barbalho respondeu que está fora de Brasília e deve se pronunciar amanhã. A defesa do deputado Aníbal Gomes informou que não teve acesso ao material entregue ao STF. Segundo o advogado do deputado, quando o parlamentar for chamado, prestará os esclarecimentos.

A Agência Brasil procurou também a defesa do senador Delcídio do Amaral. A assessoria do escritório do advogado Maurício Leite disse que a defesa ainda não teve acesso ao inquérito e que, por isso, ainda não pode se pronunciar.

Com a abertura dos novos inquéritos, o STF passa a processar 68 investigados na Lava Jato. Entre eles, 23 deputados federais, 14 senadores, 1 ministro de Estado e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Os demais não têm foro por prerrogativa de função, mas são processados pela Corte, por ter ligações diretas com parlamentares.

Por Zé Carlos Borges, com informações Agência Brasil

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