AGRIPINO MAIA PRESIDENTE NACIONAL DO DEM RECEBEU R$ 169,4 MIL DURANTE A CONSTRUÇÃO DE ESTÁDIO EM RN

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) localizou R$ 169,4 mil em depósitos em dinheiro sem identificação dos depositantes em contas bancárias do senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN).

Segundo o relatório do órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, as transações “sugeririam tentativa de burla dos mecanismos de controle e tentativa de ocultação da identidade do depositante”.

Ao todo, foram seis depósitos de R$ 9,9 mil cada e 44 depósitos em caixas eletrônicos, de R$ 2,5 mil. As transações bancárias ocorreram todas em 27 de outubro de 2014, no fim da campanha eleitoral.

Pelas regras bancárias, os bancos devem identificar, em controles internos, os depositantes de valores acima de R$ 10 mil, e informar à Coaf depósitos acima de R$ 30 mil.

O documento faz parte do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o senador por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

Há ainda depósitos identificados considerados suspeitos. De acordo com o Coaf, um motorista do Senado depositou R$ 95 mil, em espécie, em conta de Agripino. Houve ainda dois depósitos, de R$ 9 mil e R$ 9,1 mil na mesma agência.

Uma servidora pública do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte realizou quatro depósitos de R$ 9 mil. Foram identificadas também transferências entre familiares e empresas em nome de familiares.

Investigação – A Procuradoria Geral da República solicitou a abertura de inquérito porque, de acordo com o órgão, Agripino recebeu vantagens indevidas por “auxílio na superação de entraves e liberação de recursos do financiamento” do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da Arena das Dunas, em Natal (RN).

De acordo com a PGR, as transações bancárias ocorreram no período das obras, entre 2011 e 2014. O nome de Agripino surgiu durante as investigações da Operação Lava-Jato, mas a PGR avalia que o caso não está diretamente relacionado à corrupção na Petrobras.

Por: Zé Carlos Borges, em 8 de outubro de 2015
Com informações da Folha de S. Paulo

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Zé Carlos Borges

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